Seca: Com última sangria de açudes em 2010, Cagepa reclama de furto de água na Paraíba

O presidente da Cagepa Marcos Vinícius comentou em entrevista ao programa Rádio Verdade da Arapuan FM, nesta quinta (28), que a última sangria registrada nos açudes da Paraíba foi no ano de 2010 e reclamou do furto de água lembrando que já chegam a 24 municípios em colapso no Estado.

“A última sangria de grandes açudes foi em 2010, sempre esperamos a chuva com o mínimo de recarga. Até a própria João Pessoa, com maio praticamente terminando não tivemos chuva e era o período de começar o mês chuvoso, esperamos ainda, temos algumas previsões que indicavam algumas situações e o racionamento é tomada de forma conjunta com órgãos do governo e a Agência Nacional das Águas (ANA) no sentido de regular os açudes”, explica.

De acordo com o presidente, já são 24 municípios em colapso e explicou a situação de alguns a exemplo de Bananeiras no Brejo, que é uma região caracterizada por uma precipitação razoável. “Estamos em situação emergencial, reativamos dois antigos sistemas que abasteciam a cidade nos primórdios e estavam ou desativados ou destinados a fins secundários. Reativamos junto com a prefeitura e é importante estar em sintonia. Colocamos técnicos para reativar a ‘bica do gato’, concluindo estudos sobre a possibilidade de ampliar a vazão com ações na ‘bica do livramento’ para ofertar o mínimo de água”, pontua.

Marcos Vinícius afirmou que são 36 horas para encher um reservatório e então soltar a água para a cidade. Ele explicou que com essa medida abastece ao menos a parte baixa da cidade enquanto a de cima é feita com carros-pipa.

Em outros lugares estão sendo feitas a perfuração e interligação de poços, como em Gurjão e ações da Cagepa para não abrir mão de ofertar água. “Nessa cidades o abastecimento é precário e não temos nenhum tipo de cobrança é situação de cobrança”, conta.

Além disso, o presidente lembrou que foram detectados oito furtos de água e que essa situação é mais comum em adutoras. Ele afirmou que a fiscalização tem sido intensificada, mas que continuam encontrando pessoas fazendo ‘gato’ dentro das cidades. Marcos Vinícios fez um apelo às pessoas, destacando que enquanto algumas pessoas furtam água em detrimento de um capim, estão, às vezes, tirando água de um bairro todo.

PB.com/Marília Domingues