
Nascida em Nova Palmeira, Seridó paraibano, em 1928, veio para o estado potiguar, aos 6 anos, quando a família mudou-se para Currais Novos, fixando-se depois em Natal.
Boa parte da poesia de Zila Mamede reflete a sua paixão pelo mar, que em 1985 lhe tomou a vida. A vida, não a poesia, que continua viva entre nós.
Publicou Rosa de Pedra (1953), Salinas (1958), O Arado (1959), Exercício da Palavra (1975), Corpo a Corpo (1978), A Herança (1984).
A casa, restaurada (foto de Nivaldete), que pertenceu ao avô de Zila Mamede, no sítio O Alto, a pouca distância de Nova Palmeira.
No poema O ALTO, ela escreveu:
Dum anteavô tivera na colina
Os alicerces, que avô ganhara
Açude, pastos, farinhada, chão.
Guardara na cacimba os aguaceiros
E de seu sono sacudira ovelhas,
Meninos, maravalhas, plantação.
Multiplicara à mesa concha e mel:
Moinhos que teceram do amarelo
De tanta espiga, madrugada e pão.
Em campo arado repartira mudas
Que mãos infantes modelaram sob
Plantio manso e vesperal de grão.
De terra e de meninos comporia
(Na velha bolandeira da tapera)
Essa marca de suor numa canção.
Sua presença é viva no coração de cada um. Hoje, mergulhada no oceano do amor de Deus, pede e olha para cada coração que nunca vai puder esquecê-la!!
Na última terça-feira, dia 12, a artista foi homenageada pelo estado do Rio Grande do Norte, Fundação José Augusto, Conselho Estadual de Cultura e Academia Norte-riograndense de Letras, pelos 60 anos de sua formatura.
Zila se estivesse junto fisicamente a todos nós, completaria nesta sexta-feira, 15 de setembro, 89 anos de vida.
Blog NP com Nivaldete Ferreira
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